"Ser gay ou lésbica é muito mais do que transar de vez em
quando com o mesmo sexo, implicando tal orientação sexual numa identidade,
afirmação, estilo de vida e por que não, um projeto civilizatório alternativo,
que podemos chamar de cultura homossexual. Se para alguns bissexuais ou
homossexuais egodistônicos a homossexualidade restringe-se a poucos instantes
de relações homoeróticas, respeitamos o direito desses indivíduos de viverem no
limbo, metá-metá, no pântano da indecisão. Mas para nós, lésbicas e gays
assumidos e militantes, ser homossexual é muito mais do que transar de vez em
quando com bofes, michês e bofonecas mal resolvidas: somos portadores de uma
orientação sexual cuja causa ainda é desconhecida pelas ciências, e que, no fundo,
não nos interessa saber se manifestamos essa tendência existencial por
influência genética, psicológica ou social, pois estamos contentes como nossa
preferência sexual." (Mott, 2000)
quarta-feira, 30 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
Desaperfeiçoar-se
Não me apego à perfeição, até mesmo porque nem se eu tentasse muito eu seria perfeita. Só o fato de ser humana já me torna imperfeita, porque erro muito, o tempo todo. Talvez esse desapego é que me faça gostar tanto de olheiras, de vento, de sardas de sol, fotos espontâneas, moletom surrado, cabelo bagunçado. Dê um close no rosto de alguém e você o conhecerá. Infelizmente, o que vejo é a tendência de querer se esconder, de buscar tanto se adequar a padrões que se perde a essência natural. E sabe, tudo que é artificial me repugna. Essa obsessão pela perfeição pode ser consequência do progresso de que falam os especialistas do mundo, mas nem todo progresso é bom. De tanto nos civilizar nos tornamos desumanizados, e quase ninguém enxerga isso. É que a imperfeição é que nos faz humanos. Ou a perfeição seja justamente esse eterno errar-acertar.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Cultura da opressão
Cultura da opressão
salvem os artistas
a contra-hegemonia é uma forma de rebelião
A que protege
e a que condena
é a mesma instituição
A mesma que você cresceu ouvindo
dizer o que é certo e o que é errado
Disfunção narcotizante
alienação
quem é culpado?
salvem os artistas
a contra-hegemonia é uma forma de rebelião
A que protege
e a que condena
é a mesma instituição
A mesma que você cresceu ouvindo
dizer o que é certo e o que é errado
Disfunção narcotizante
alienação
quem é culpado?
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Conceitos
"Segundo Kates (1998), os conceitos que descrevem a condição humana (tais como amor, ódio, opressão, poder, dinheiro, liberação e luta) são intangíveis e não podem ser representados visualmente por si sós. Assim, eles precisam ser simbolizados por objetos (produtos ou possessões) ou representados dentro do contexto de certas atividades (rituais, por exemplo) nos quais as pessoas lhes outorgam significados."
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Não recupere seu instinto selvagem
O mundo te ensina a ser egoísta. E as instituições sociais se não ensinam, estimulam. Competição é a palavra do mercado de trabalho. Competição é a palavra biológica. Os mais fortes sobrevivem. Quem tem informação tem tudo. De revolução industrial a revolução da informação. Quem não vende, compra. Se você não é como nós, é contra nós - hegemonia, dominação mental. A mídia sustenta o que você não precisa, e o que você precisa você nem sabe mais. Amor é coleção, é produção em massa. Qual marca de amor você veste? Você não tem medo não? Se sair na rua pode morrer. São riscos. Compre um seguro. Se o seguro te segurasse de morrer. Se morrer também, tem o paraíso prometido. Mas nós o perdemos. Seu pecado original foi nascer humano. E ainda assim continuamos vendo arco-íris no céu. Não recupere seu instinto selvagem, se usando o racional já está uma merda.
domingo, 6 de abril de 2014
Todo dia
Todo dia é me perguntar por que estou aqui, e por que estou acordando hoje e por que tenho que ir dormir. E perguntar sempre por que nasci assim meio torta e meio louca. Meio assim sem meio, sem começo, mas com um fim imenso e sem prévia. Meio histérica, meio carente, meio fanática, meio suicida. Todo dia é me perguntar por que sou tão meio e se ser inteiro é mesmo assim tão interessante.
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