segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vagueando o pensamento

Escutei em algum filme a voz de um personagem dizer algo assim: por que Deus se importaria conosco? Não somos mais do que formigas pra ele. (Preciso mesmo colocar uma letra maiúscula toda vez que me referir a Deus?)
Essa fala me levou a alguns pensamentos meio sonolentos. O primeiro foi indagar o fato de que não faz sentido colocar Deus em um mesmo parâmetro de comparação que nós, humanos. Pois o que se fez foi uma analogia: se nós humanos não nos importamos com as formigas porque elas são pequenas demais, Deus também não se importaria conosco porque somos pequenos demais perto dele.
No entanto, nós não criamos as formigas. Deus, segundo uma teoria tradicional, nos criou. Essa relação criador-criatura nos daria um valor maior para Deus, diferente do valor que damos para as formigas, as quais nós não criamos, logo não somos responsáveis por elas, e logo não nos importamos com elas.
O segundo pensamento foi a percepção de que o personagem do filme atribuiu a Deus, de forma não-intencional, qualidades humanas. Se nós não nos importamos com coisas pequenas, por que Deus se importaria? Bom, ele é Deus, e o que caracteriza um deus é se importar com a menor das coisas, sendo um ser superior criador do céu e da terra e tudo que neles habitam. Deus não é mesquinho, Deus não pode ser qualificado, não há parâmetros humanos para se comparar um deus.
Mas ainda há o fator físico da fala do personagem. Se ultrapassarmos o estereótipo da analogia chegaremos a conclusão de que a ideia que se tem de Deus é que ele é um cara barbudo que vive debruçado sobre a Terra com o rosto afundado no mar observando os peixes. Aí ele levanta o rosto e a barba molhada faz chover em cima da gente, que ele vê de uma altura imensa, e por isso nos equivalemos a formigas ao seu olhar. Mas tudo me leva a pensar que Deus não é um cara. Deus não está "lá em cima" olhando aqui pra baixo. Deus é e está em tudo. Na brisa, na gente, nas ideias, no ocorrer da vida.
Então, talvez não seja questão de Deus se importar ou não conosco, com o tamanho que temos, com a brevidade e inutilidade de nossas vidas. Talvez seja questão de Deus ser tudo, e cada tamanho, brevidade e inutilidade é ele e é dele. Nós temos perspectiva, e perspectiva fecha o universo para nós. Deus tem o todo, talvez ele não veja nada com tamanho nem forma, e tudo seja igualmente importante e desimportante ao mesmo tempo.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pessoas-objeto

"Se os consumidores desejassem realmente a posse material dos bens, se o prazer estivesse nela contido, a tendência seria a acumulação de objetos, e não o descarte rápido das mercadorias e a busca por algo novo que possa despertar os mesmo mecanismos associativos. O desejo dos consumidores é experimentar na vida real os prazeres vivenciados na imaginação, e cada novo produto é percebido como oferecendo uma possibilidade de realizar essa ambição. Mas, como sabemos que a realidade fica sempre aquém da imaginação, cada compra nos leva a uma nova desilusão, o que explica nossa determinação de sempre achar novos produtos que sirvam como objetos de desejo a serem repostos." (Sociedade de Consumo, Livia Barbosa)

Sei que parece desinteressante, mas isso fez tanto sentido pra mim porque se encaixa não só com a descrição do consumo de produtos, mas também com a descrição dos tipos de relacionamento atuais. A gente não vive mais um relacionamento, a gente consome ele.
As pessoas simplesmente se descartam como descartam um celular obsoleto, como jogam fora uma roupa velha, e se substituem como tal. E na substituição buscam sentir o mesmo prazer que sentiam no relacionamento anterior. Querem de novo a ansiedade e as borboletas no estômago, querem aquele sentimento de novo, porque o começo do amor é sempre excelente.
E as pessoas sonham com relacionamentos perfeitos. O que nunca dá certo porque a perfeição varia de pessoa pra pessoa: o que uma julga estar bom, a outra já julga ser insuficiente, e vice-versa.
E enquanto sonham e desejam, as pessoas começam a construir um relacionamento esperando que ele tenha capacidade de realizar essas suas ambições de perfeição. Mas nunca realiza, porque tudo que envolve seres humanos se torna algo profundamente relativo e instável. Sempre há choque de interesses, sempre há choque de perfeições, e ninguém consegue se fazer perfeito pra ninguém, caso contrário desmancharia a essência de seu próprio ser e assim o relacionamento acabaria por se basear em uma mentira.
A perfeição estando fora do alcance se torna uma desilusão. A expectativa de que daquela vez daria certo se torna provedora de uma decepção que tem o mesmo tamanho da perfeição que se sonhava anteriormente.
E aí com a desilusão, voltamos a buscar outras pessoas que a nossos olhos são objetos de desejo com grande possibilidade de fazerem jus à perfeição com que sonhamos desde o início. Voltamos a querer repor o amor que perdemos. Voltamos a buscar a perfeição inalcançável, amparados na esperança de que ela exista, bastando encontrar uma pessoa nova que nos desperte de novo sentimentos de começo.
Dessa forma vamos juntando sentimentos descartados, que são as decepções. Elas vão sendo acumuladas em um estoque enorme de bagunça, e vamos apertando a bagunça atrás da porta e amenizando a dor com novas esperanças. Esperanças que depositamos na crença de que a pessoa nova será capaz de realizar nossos sonhos perfeitos. Mas eu devo arriscar dizer que a perfeição não existe como nós a imaginamos, o que pode até soar triste.
Talvez se parássemos de procurar pessoas-objeto de desejo, se parássemos de sonhar com relacionamentos hedonistas, se parássemos de consumir os relacionamentos e começássemos a vivê-los, talvez aí alguma coisa verdadeira pudesse acontecer. Verdadeira, não perfeita.
O problema todo é acharmos que as pessoas tem que ser como os produtos, que elas estão aí para satisfazer nossos sonhos. Transferimos a lógica da sociedade de consumo para ilógica dos relacionamentos, e não dá certo tentar colocar uma coisa fria perto de uma coisa quente. 

sábado, 21 de setembro de 2013

Aqui vou eu

Aqui vou eu. Inventando motivos pra continuar, só porque é preciso. Porque não posso negar a sorte de ter o que tenho. Porque não posso ignorar a parte boa de mim, e não posso deixar tudo o que consegui até agora se perder por aí.
Aqui vou eu carregando uma esperança de tolos e um amor de mãe. Apenas vivendo porque quero ser melhor, e porque sei que posso ser melhor.
Desde que eu pare de esperar. E pare de esperar que eu pare de esperar. Entende? É como se a vida toda eu estivesse esperando algo acontecer. Até aconteceu, porque o acaso foi feliz pra mim e eu tenho um anjo da guarda realmente muito bom que eu empresto pra algumas pessoas de vez em quando.
E às vezes ainda acontece de eu ter sorte, ou de minhas promessas valerem, sei lá. Eu tenho uma vida boa. Mas eu acredito que ela possa ser melhor se eu fizer alguma coisa. Porque pode até ser um clichê, mas a vida quem faz sou eu, e se eu quero começar a fazer, tem que ser agora. O futuro começa em algum lugar aqui no presente.
Eu conto com a sorte e com a validade dos meus pedidos. Porque eu preciso primeiramente de uma chance pra começar. Sempre com a fé de que assim poderei mudar alguma coisa.
E aqui vou eu. Carol-já-vou-indo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Eu não sei. Achei que todas as moléculas do meu corpo de repente começaram a se sacudir freneticamente, e eu senti meu peito vibrar, meu coração bombar febre, minha mente uniu-se a um universo distante onde a vida ainda explodia. E eu achei que ia explodir. Achei que ia explodir ao contrário e todo o meu corpo voltaria ao nada e ao vazio. Achei que eu não conseguiria voltar mais, e que o mundo dentro de mim acabava.

domingo, 8 de setembro de 2013

De repente

De repente seus primos crescem, você termina a escola, seus pais não ligam mais pra hora que você chega em casa, você começa a fumar e beber. De repente você faz escolhas erradas, se torna uma pessoa errada com uma vida de cabeça pra baixo. De repente você não chora mais por causa de um joelho ralado, você chora por decepção, por frustração e perda. De repente seu quarto muda, a casa da sua vó muda, a sua vó muda, de repente você não tem mais o seu vô perto de você. De repente seus amigos se dispersam, você está com quase 20 anos e a vida começa a passar muito, muito rápido. E de repente você começa a entender demais as coisas e a sentir falta de quando era tudo mais simples. As pessoas começam a morrer, as bandas começam a se desmanchar, não tem mais Tv Globinho de manhã. De repente você se pega lutando pra ser alguém importante. E de repente você se pega lutando pra ser alguém decente. Às vezes você só quer ser alguém. De repente você vê que nada mais é brincadeira. Nem todo mundo quer seu bem, tem gente que nem mede as consequências das coisas que faz. Nem sempre estão brincando com você, nem sempre a raiva tem fim, nem sempre o amor é eterno. De repente você para de escrever, para de desenhar, para de fazer as melhores coisas que você conseguia fazer. Você fica duro, opaco, tímido, culpa do remorso ou da dor. A noite não é mais para dormir, mas dormir é melhor que viver em dias como esse. De repente a vida muda. Tão rápido e tão difícil. E você não se sente preparado pra enfrentar isso, então você só se encolhe e chora, esperando que alguma coisa tenha piedade de você. Mas não tem. Você precisa ser maior que tudo, e fazer o que precisa. Você precisa ser verdadeiro.

domingo, 23 de junho de 2013

A correnteza

Às vezes eu me acostumo e até nado a favor da correnteza, mas tem sempre uma coisa lá no fundo da minha consciência que fica pululando inconformada com a acomodação. Uma hora essa coisa toma conta de tudo em mim e é nessa hora que ninguém é capaz de me entender.
Tudo me leva a crer que a sociedade em que vivemos hoje tem em sua maioria valores superficiais e passageiros.
Banalização de poetas e poesia, uso de movimentos de cunho social para autopromoção, tendência a se opor a qualquer coisa, superestimação da imagem/aparência, falta de informação numa sociedade de informação, repúdio à inteligência, pseudointelectualismo, preconceitos, conflitos, perda de identidade.
Venho pensando na sociedade atual como uma sociedade sem identidade, porque parece que tudo são cópias. Tudo é intertextualidade, tudo que é bom e é digno de ser exemplar vem do passado. É como se os artistas do passado fossem melhores, como se as revoluções do passado fossem melhores e mais estruturadas, como se as pessoas do passado fossem mais humanas.
Hoje parece que nada é o que parece. Sempre tudo é conotação, tudo está mascarado, nada diz realmente o que pretende dizer. Nada é sincero, e isso me dá um desespero calado. Aquelas pessoas gordas que vivem em cadeiras flutuantes diante de um dispositivo digital no filme Wall-e, é como se fôssemos elas num estado menos avançado. O que a mídia diz a gente faz. Não estou falando só da Globo. É da Internet também.
A Internet, embora menos alienante e controladora, também aliena e controla se não soubermos administrar o poder que ela nos confere e nos impõe. Isso porque na Internet muito se fala, muito se mostra, muito se omite, muito se opina, muito se critica. Essas ações sem um embasamento real se tornam perigosas.
Você nunca sabe se o que estão falando é verdade. É assim nos dias atuais. Nem em fotos se pode acreditar mais, nem em vídeos. O fotógrafo/cinegrafista mostra a imagem que melhor lhe convém, o que lhe chama atenção, aquilo que lhe interessa. Quem vê acaba sendo coagido a pensar do mesmo modo que o sujeito que registrou determinada cena. Isso se não se der ao trabalho de buscar outras fontes.
Às vezes mesmo buscando outras fontes eu me sinto enganada. Acho que é porque meti na minha cabeça que não posso afirmar nem acreditar em nada que eu não tenha presenciado (pessoalmente).
Pode ser só loucura minha, mas parece que o mundo de agora está muito falso, mesmo quando se quer buscar um pouco de originalidade você se pega seguindo uma contratendência, que não deixa de ser uma tendência com objetivos contrários à tendência dominante. Na verdade parece que a maior tendência atual é ser contra a tendência. Confuso? Pense em quantas vezes você criticou o Justin Bieber. 
Daí surge a tendência do pseudointelectualismo. Com a Internet é muito fácil ter acesso a músicas, a resumos de ideologias, de livros, a frases inteligentes de artistas intelectuais, enfim, a coisas realmente inteligentes. Fica muito fácil o sujeito baixar as músicas mais famosas do Renato Russo e sair por aí se dizendo o revolucionário incompreendido, mesmo que na verdade ele não esteja nem perto disso. Às vezes a pessoa acha mesmo que é o que diz ser. Às vezes a pessoa não entende que uma identidade pela metade não sobrevive. Às vezes a pessoa até pode ser o que quer ser, mas na minha opinião isso tem que ser fruto de aprofundamento nas informações e também de atitudes coerentes.
Mas também tem gente que vive de aparência e de consciência superficial. Rezo pra que seja apenas fase. Já conheci um menino que se dizia nazista. Ele tinha uma camisa com a suástica pichada e ele pichava suásticas por toda parte. Esse mesmo menino tinha uma camisa do Nirvana. Alguém me explica?
Penso no mínimo que fosse apenas falta de informação ou vontade de chamar atenção. E também espero que ele tome no cu.
Tem uma frase de uma criança que é mais ou menos assim: "adulto é quem primeiro fala de si mesmo antes de falar de qualquer outra coisa". As pessoas desejam profundamente serem dignas de atenção. E elas falam de suas experiências como se fossem mais importantes que as de outras pessoas. E elas defendem isso até o fim. Acredito que essa carência seja produto das transformações pelas quais a sociedade vem passando. O que acontece é um período de turbulência para chegar a um período de estabilidade. Ou não. Parece difícil com toda a bagunça que vemos por aí.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você é chata

Odeio o jeito que você usa o cabelo, odeio suas CALÇAS LARGAS, odeio (demais) seu abadá, odeio quando fala alto, odeio quando acha que sabe mais que eu, odeio quando não fala o que sente, odeio sua falta de jeito, odeio quando escreve errado, odeio quando fica mandando sms perto de mim, odeio me sentir tão pequena perto de você, odeio quando quer parecer o que não é, odeio quando faz gestos obscenos de homem, odeio quando tenta me controlar. Mas amo seu sorriso, amo seu jeito de falar e aquele seu perfume, amo quando usa preto, amo seu abraço, amo quando não consegue ficar sem falar comigo depois de brigar, amo quando fala dos seus ratinhos, acho que fica muito bem com o uniforme do trabalho (apesar de você não gostar), adoro quando me manda bebjinho, amo seus suspiros e gemidos, amo seu beijo e adoro te ver dormir. Eu adoro poder olhar nos seus olhos e saber exatamente o que tá sentindo, é o que mais me surpreende. É bom assim, sem exagero. Antes eu achava que só se podia amar ou odiar alguém, mas acho que é melhor sentir os dois equilibrados entre nós. Eu tive muitas dúvidas por muito tempo, e certamente ainda tenho porque não se pode saber de tudo. Mas também não se pode saber o futuro e percebi que por mais difícil que seja não posso ficar pensando nele e esquecer de viver o presente, e quem me faz feliz hoje, agora, é você. Simplesmente te ver chorar daquele jeito partiu meu coração. Talvez chorar seja bom às vezes, mas não pude acreditar que alguém que me faz tão bem estivesse tão mal por minha causa. Eu tenho medo sim, mas eu não quero deixar que ele tome conta da minha vida, então eu quero poder tentar te dar todas as certezas que eu tiver dentro de mim (agora sem gaguejar). Quero que todos os dias sejam como aquele dia que a gente considera o melhor de todos, enquanto for bom. Assim como eu sou a interrogação da sua vida, você é a minha exclamação.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Como?

E como é que eu assumo pra mim mesma que eu sinto a sua falta? Eu não reparo no tempo mais, um abraço curto não me satisfaz, quanto tempo pra encontrar a minha paz? Não sinto frio, se sinto, esqueço. Se eu penso, enlouqueço. Não sou feliz nem triste, tô triste. Tenho que acordar chorando de um pesadelo e eu mesma me acalmar, porque pra quem tá sozinho não adianta chorar, felicidade não nasce de uma semente regada a lágrimas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Raiva

É, amigo, eu sinto lhe dizer, você pensa que já viu tudo, mas você não entende nem metade do que vê, e você não viu nem metade do que existe. Você é patético e acha que suas ideias são as únicas certas, você acha que o mundo só é perfeito se for tudo do seu jeito, mas você tá preso dentro de si mesmo, você não enxerga nem um palmo a frente da sua ignorância de merda. Eu sei que não vi de tudo, e a vida é curta pra ver, mas eu estou aqui aberta às ideias, eu estou aqui, sem criticar, sem me impôr a ninguém desse jeito violento e arrogante que você se impõe.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Estranhos

Somos uma espécie naturalmente estranha, andando por aí nos equilibrando sobre dois pés cheios de dedos estranhos. Há uma fase de nossas vidas estranhas em que tudo gira em torno de encontrar um outro ser da mesma espécie cuja estranheza se possa amar tanto quanto a própria vida. Nós nos apaixonamos por uma pessoa que só pode ser completamente amada ou completamente odiada, não existe um meio termo, e nós escolhemos amá-la como se fosse a última escolha de nossas vidas estranhas, ofegantes e profundos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Onde o barco vai

Não sei o que fazer comigo. Às vezes parece que tá tudo certo, às vezes parece que tá tudo errado. Não sei se desisto e começo de novo, não sei se toco a fole e continuo. Parece que é uma hora em que a vida é totalmente manipulável, como se o que eu escolhesse agora fosse continuar pra sempre. Será que foi sempre assim, mas só agora que eu percebi? Em certos pensamentos eu não quero assim, em outros é exatamente assim que eu quero. É certo tratar a vida como uma arrumação de quarto? Pode ser que ter fé e apostar no caminho onde o barco deságua seja a maior chance de ser feliz, ou talvez cause é um estrago maior. Mas não sei, ser feliz não é uma oportunidade que se pega todos os dias? Ou ser feliz é uma oportunidade ruim que se deixa passar? Eu apostaria na primeira opção se não fosse minha vida que estivesse em jogo, então nesse caso eu prefiro ficar na dúvida.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Quanto tempo leva pra confiar em alguém? E quanto tempo leva pra confiança ser quebrada, e pisoteada e humilhada? Você simplesmente ama e confia em uma pessoa a vida inteira, e de repente você a ouve dizer que já não te amaria mais se descobrisse que você é algo que ela desaprova. Que tipo de amor é esse?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vou seguindo aí

Vou seguindo aí

Uma escola pra eu dirigir, uma escola pra eu me formar, um bar pra eu beber, uns amigos com quem contar


Uma rua pra eu correr, uma loja pra eu trabalhar, uma cama pra me encolher, um colo onde chorar


Um cigarro pra eu acender, um poema pra eu recorrer, um caderno pra eu escrever, um drama por que morrer


Por quê?


Há vida sem amor? Há amor sem vida? Escolhi o caminho errado? Eu escolhi um ponto de partida?


Eu escolhi?