sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sei lá se as pessoas mudam

De repente você olha ao redor e nada está como antes. Alguns de seus amigos se afastam, outros estão meio bravos com você, alguns esquecem daquela história de anos. Não é mais a mesma mensagem que você espera que chega no celular, você não quer mais algumas coisas e ao mesmo tempo sente falta. Você se apaixona por um tipo completamente inusitado de pessoa, um tipo que tem todos os tipos que você nunca desejou. Mas você se apaixonou. Como? Você, de repente, começa a ver a vida sob a perspectiva daqueles que um dia questionou. Você conhece novos valores, novos pensamentos. Você passa a sair mais, porém briga mais com quem ama. Você é muito bom na escola, mas não entende o porquê de estar nela. Você ri daquilo que um dia te fez chorar. E você chorou muito. Motivos supérfluos, longe daquilo que você conhece agora, tudo tão sério, corrompido, perigoso. E você vive tão despreocupado, brinca quando devia trabalhar. Se esconde em alguns lugares e conhece fugitivos deste mundo louco. Quantos fugitivos! E que mundo louco! Nada está perdido, está tudo achado. Todas as drogas, todas as doenças, todas as discriminações. Nada é o que parece. Você destrói aquela ideia de vida anterior. Não há apenas um modo de levar a vida. Há milhões.

Sei lá se as pessoas mudam, mas eu estou preocupada com algumas. Não quero perdê-las, mas sinto que já está acontecendo. Acho que vou sobreviver, mas a felicidade de depois jamais será como a de antes. Tardes puras, vida pura. Saudade.

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