sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Não sei mais nada mesmo

Sabe, hoje eu peguei minha bicicleta e saí de casa um pouco porque tinha certeza de que ia pirar se continuasse trancada com esse calor e essa vontade de sumir.
Não sei se todas as pessoas têm esse tipo de vontade. Na verdade hoje, mais do que nunca, eu não sei nada. Só saí por aí, e ainda bem que fui invisível pra quase todo mundo, exceto aqueles que já me conhecem. Eles devem ter me olhado sentada naquele banco da pracinha, debaixo da árvore e olhando qualquer coisa no chão - e devem ter pensado: ela é doida mesmo.
Mas não estou ligando pra o que pensam, estou ligando pro que eu penso, pro que eu quero, pro que eu sou - se é que eu sou alguma coisa.
Eu penso nisso e vem: será que posso ter certeza de alguma coisa nessa vida?
Tudo está sempre mudando, até o que eu achava que era imutável, até o que eu achava que era verdadeiro. Eu tenho que me acostumar? Me disseram, num poema, pra não me acostumar com o que não me faz bem. Não quero ser rude com ninguém. Mas eu odeio ter que me acostumar. ODEIO, ODEIO, ODEIO.
Odeio quando na verdade estou triste, quando sinto que a realidade é outra história, e essa história é totalmente diferente daquilo que eu quis um dia. E aí fica presa essa coisa no meu coração, batendo e arrancando, e sei lá mais o que, só que dói mesmo. E dói tanto que eu esqueço como se chora.
Se vou ficar bem, não sei. Se um dia isso passa, não sei. Vai demorar a passar, como demorou a viver, como demorou a acontecer.
Eu fico pensando se você pensa em como eu me sinto agora.

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